"Contundente, mordaz, determinado, adjectivos que são sinónimos de Paulo Pereira Cristóvão. O empresário não vê concorrência à altura nesta campanha e apelida as outras candidaturas "de continuidade".
Há dois anos foi candidato nas últimas eleições e agora ressurge como candidato a vice-presidente na lista de Godinho Lopes. Porquê?
Porque tive a consciência de que os meus receios de há dois anos se confirmaram. O Sporting está mais pobre, com menos peso social do que há 18 meses. Como tal, ponderei o que podia fazer para ajudar e disponibilizei-me. Estava disposto a ajudar o Paulinho [técnico de equipamentos] a dobrar equipamentos. Fui desafiado por várias pessoas, alguns hoje candidatos, que parece que se esqueceram dos convites que me fizeram, mas essas conversas ficam privadas. Em Godinho Lopes, encontrei alguém com a força, a determinação, a estrutura financeira que permitem ao Sporting fazer o volte-face por que ansiamos. Depois foram-me apresentadas diversas possibilidades de equipa, e entendi que devia haver uma renovação geracional. Ela ocorreu com a formação de um Conselho Directivo com dez pessoas, entre elas sete jovens entre 30 e 40 anos, e uma secção "sénior", onde estou eu. É o grupo mais forte e coeso, que mais hipóteses tem de fazer com que o Sporting parta à reconquista. Estou orgulhoso, crente em que venceremos.
Não é a candidatura do antigo regime, uma acusação tão apontada nesta campanha?
É curiosa essa questão de antigo regime, da continuidade a que nos colaram. Vejo a lista de Dias Ferreira, que de repente se lembrou que é de ruptura quando anda cá há 30 anos, e ela é patrocinada por Agostinho Abade, que não aparece. Tal como Salema Garção. Pedro Baltazar também ajudou às más decisões do Sporting e não se pode esquecer disso. O candidato [Bruno de] Carvalho era ferrenho adepto de Soares Franco e andou aos pulos quando José Eduardo Bettencourt ganhou as últimas eleições. Eles todos é que são continuidade. Nós somos o contrario! Vamos acordar um clube que anda a tomar comprimidos para dormir. Noutras listas, vejo candidaturas a um emprego, e o Sporting não é centro de emprego. Não admito que falhados na sua vida venham resolvê-la financeiramente no clube.
Acredita na teoria de que os rivais querem a neutralização do Sporting?
Lanço uma mensagem aos aventureiros, a quem quer extinguir o Sporting a bem da bipolarização, a quem chega ao nosso estádio e nos maltrata, porque somos verdes e agora cheiramos a fraqueza. A partir de 27 de Março, quem se meter com o Sporting, leva! Não falo de pancada, obviamente, mas quem se meter connosco receberá a resposta certa, no local adequado, com a firmeza necessária. Não se pode gozar com o Sporting. Os árbitros não se podem rir para as nossas claques. Com o fosso a ser eliminado, se calhar já não se vão rir tanto...""
Fonte: O JOGO
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